Ontem, dia 25/12/2014, na Celebração Eucarística de Natal, um gatinho filhote entrou na Paróquia e “fez amizade” com todos. Inclusive, foi até o Altar várias vezes. Sentou nos bancos, pediu carinho, deitou. Deve ter uns 4 meses.
Ao final da liturgia, o levamos para os fundos, onde fica o salão paroquial, pois teríamos a nossa ceia natalina. Como já alimentamos um outro gato que “frequenta” a Paróquia, lá atrás sempre tem ração e água. O gatinho comeu e continuou com seu dengo, muito simpático, meigo e desprotegido. Resolvi resgatá-lo, pois ficando ali, voltaria para a rua e o final já sabemos… Um gato extremamente “doável”, como vocês verão nas fotos.
Chegando em casa, após as comemorações na Paróquia, havia um cachorro deitado em frente ao meu portão! Levei um susto, pois pensei ser a Iborá. Mas não era. Um cachorro idoso, doente, esquelético, subnutrido, com cheiro horrível de carniça, veio “do nada” e parou em meu portão! O que eu poderia fazer naquela momento, naquela hora? Dar água e ração. E foi o que fizemos, mas pedi ao Fábio e ao Fernando (que passou o Natal com a gente), para irem levar, pois meu coração doía com o que vi e porque eu já estava “com medo” do desenrolar da história.
Pensei o seguinte e combinei com o Fernando: se de manhã ele ainda estiver no portão, a gente vai lá e “examina” o estado dele e vemos o que pode ser feito. Confesso que pedi a Deus para que ele não estivesse mais lá ao amanhecer, pois estamos com 4 cachorros, sendo que duas são pra doar, muitos gatos para doação, gatos em tratamento de saúde e não somos ricos, apenas repartimos um pouco do que temos com eles que nada têm.
Amanheceu, tomamos café e fomos conferir no portão: o cachorro estava lá! Comeu a ração toda, bebeu água, alguns vizinhos ainda vieram e colocaram mais um pote de água e mais ração no prato e o cachorro lá, com um semblante de profunda tristeza, fétido, fraco, cheio de bicheiras, esperando a morte chegar…
A Dra. Adriana, veterinária da minha turminha, está de férias, longe. Então liguei pra outra veterinária do bairro, onde trabalha um rapaz da paróquia, o Daniel, e perguntei a ele quanto seria a consulta e se poderíamos levar o cachorro lá. Tudo acertado, preparamos uma “ambulância”: um carrinho-de-mão nos ajudou a levar o grandalhão até o consultório veterinário.
Impressionante foi a mudança no semblante dele!!! De apático, ele começou a reagir, parece ter ficado feliz com o que estava acontecendo! Foi quietinho na “ambulância” até o consultório!
A Dra. Juliana o examinou e foi muito, muito gentil com a gente e com ele, graças a Deus! Ela deu duas injeções nele, uma foi antibiótico e outra para a dor, passou unguento no ânus e no olho dele (todos com muitos bichos graúdos!) e deu um comprimido de Capstar. Os bichos começaram a sair lá mesmo!
Amanhã o levaremos para ela retirar o restante dos bichos que ficarem e fazer exame de sangue.
O custo do atendimento de hoje, só mesmo agradecendo a Deus: R$ 97,00. Mas tenho que comprar alguns remédios e pagar o exame de sangue amanhã. Quem puder ajudar, será muito bem vindo!
Remédios receitados:
- Capstar 57mg (mais dois comprimidos – não tenho);
- Enrofloxacino 150mg – 1 comprimido por dia, por 10 dias (tenho apenas 4 comprimidos);
- Meloxivet 2mg – 1 comprimido, por 4 dias (tenho 8 comp. de 1mg e darei 2 comp.);
- Geripet – 2 comp, 1x ao dia, por 30 dias (não tenho).
Depois da consulta, o levamos para a Paróquia, pois é o único lugar onde posso abrigá-lo no momento e será uma complicação para mim ir lá todos os dias cuidar dele. Graças a Deus, tenho auxiliares que valem ouro: minha sogra, que ama os animais, Fernando (Guardião da Paróquia e Ministro Leigo), Revdo. Fabiano, que mesmo com tantas atribuições, ajudará no que puder. Mas a grande responsabilidade por ele, é minha, então peço muitas orações, pensamentos positivos, tudo de bom que vocês puderem me enviar. Dia 05/01 termina meu recesso e voltarei à rotina de dois trabalhos. Haja fôlego.
Às dezenove horas, Fernando e eu voltamos novamente à Paróquia para ver o velhão: milhares de bichos saindo dele, mas o cheiro de carniça diminuiu consideravelmente!!! Ele está até mais esperto, mas ainda prefere ficar apenas deitado. Acho que ele vai melhorar.
Demos a ele, por sugestão do Fernando, o nome de Nicolau, pois o danado do “papai noel” o enviou pra nós no dia 25/12. O gatinho também ganhou nome natalino, pelo mesmo motivo: Noel. Nicolau não tem condições de ir para adoção, mas espero muito que Noel seja adotado em breve!
Estou muito nervosa, até meio sem fome hoje, diante dessa responsabilidade tão grande que me foi enviada.
Estou com receio que me vejam como acumuladora, pois não sou! Peço tanto a Deus, a todos os meus guardiões espirituais e aos meus amigos, que me ajudem a encontrar adotantes bons para essa turminha que está comigo aguardando um lar definitivo! Peço ajuda na divulgação dos animais e também do ponto principal: só adoção responsável, pois foi justamente a irresponsabilidade alheia que os fez estarem hoje comigo! Só pessoas “vip” adotam comigo. Não dá para entregarmos uma vida, que já veio de tanto sofrimento a abandono à própria sorte, a alguém que não vai cuidar como se deve, a alguém que tratará o animal como “coisa” e o deixará em perigo e tudo o mais.
Conto com todos vocês!
Obs: as fotos do Noel estão com download em andamento, assim que terminar, postarei-as aqui.